Na última sexta-feira , uma cena abalou a cidade de Itacaré , quando uma mulher foi presa sob a acusação de queimar partes do corpo de sua filha de apenas 14 anos com uma colher quente. O crime, que ocorreu no sábado anterior (23), dentro da residência onde mãe e filha moravam, deixou a comunidade estarrecida.
Segundo relatos da Polícia Civil, a adolescente, após sofrer as queimaduras, conseguiu escapar e buscou ajuda no Conselho Tutelar. A mesma foi encaminhada para uma casa de acolhimento.
A prisão da mãe, determinada pela Justiça após solicitação do Ministério Público da Bahia (MP-BA), foi uma medida tomada em prol segurança da própria filha. A ação da polícia, que resultou na prisão da acusada, demonstra a importância de se tomar ações rápidas e seguras.
Mais do que um caso isolado de violência, o ocorrido em Itacaré levanta uma reflexão sobre limites e sobre o papel dos pais na formação de seus filhos. Utilizar métodos violentos como forma de correção é não apenas cruel, mas também prejudicial ao desenvolvimento emocional e psicológico das crianças e adolescentes.
O depoimento da mãe, no qual justifica suas ações como uma forma de punição pelo comportamento inadequado da filha, revela uma compreensão errada do que significa educar um filho. A violência não pode, de forma alguma, ser tolerada ou justificada como uma estratégia educacional.
A prisão da mãe da adolescente em Itacaré não deve ser apenas um desfecho justo, mas sim um ponto de partida para uma reflexão mais ampla sobre os valores e princípios que regem a relação entre pais e filhos. É urgente que se promova uma cultura de paz e respeito, onde o amor e a compaixão sejam as bases de uma educação verdadeiramente transformadora.
Por Thassyu Bobbio para a redação do +Bahia