Um aborto espontâneo ocorrido no corredor do Hospital Regional de Eunápolis, expôs a precariedade do atendimento de saúde pública na cidade. O caso, presenciado por outras pessoas, gerou indignação e levantou críticas severas, especialmente após a revelação de que a paciente teria aguardado atendimento em meio a fortes dores.
O episódio foi trazido à tona pelo vereador Renato Bromochenkel, que classificou a situação como “lamentável e revoltante”. Ele prometeu cobrar providências, destacando a falta de preparo para situações emergenciais e a violação da dignidade no atendimento.

A tragédia pessoal da mãe se desenrola em um contexto já conturbado para a unidade de saúde. Relatos recentes indicam uma potencial paralisação ou greve de enfermeiros e outros profissionais de saúde no Hospital Regional de Eunápolis. Os trabalhadores alegam falta de pagamento de salários e direitos trabalhistas, uma situação que já motivou a intervenção da Justiça. Em setembro de 2025, a Justiça determinou o bloqueio de repasses para garantir o recebimento dos trabalhadores, ação que se seguiu a eventos semelhantes ocorridos em agosto de 2025, quando também houve necessidade de intervenção judicial para assegurar os direitos dos profissionais.
A combinação de uma emergência obstétrica não atendida adequadamente com a instabilidade trabalhista no hospital levanta sérias questões sobre a gestão e o futuro da saúde pública em Eunápolis. A comunidade aguarda respostas e ações concretas para que situações tão graves não se repitam.
