Da redação do +BAHIA – A situação precária de saneamento básico na Bahia foi exposta recentemente pelo Censo, revelando que mais de 182 mil pessoas vivem em domicílios sem as condições mínimas para higiene e saúde. Essa realidade coloca os moradores em risco de contrair doenças graves.
De acordo com os dados do Censo, a proporção de moradores em domicílios sem banheiros teve uma queda expressiva entre 2010 e 2022, passando de 8,6% para 1,3% da população. No entanto, a Bahia ainda é o segundo estado do país com o maior número absoluto de pessoas vivendo nessas condições, ficando atrás apenas do Maranhão, que possui 257 mil pessoas nessa situação.
Esses números alarmantes chamam a atenção para as desigualdades sociais presentes no estado. A falta de saneamento básico impede que as pessoas tenham acesso a condições mínimas de higiene, o que pode levar ao surgimento de doenças graves, como diarréia, hepatite A, cólera, entre outras. Além disso, a ausência de banheiros adequados causa um impacto negativo na qualidade de vida dessas pessoas, afetando sua dignidade e bem-estar.
Em 2020, o Brasil sancionou o novo Marco Legal do Saneamento Básico, Lei 14.026/2020, que estabelece diversas metas para melhorar a situação do saneamento básico no país. Entre essas metas, destacam-se a garantia de que 99% da população tenha acesso à água potável e que 90% possa contar com serviços de tratamento e coleta de esgoto até o final de 2033.
No entanto, o professor Renato Barbosa Reis ressalta que falta “força de vontade” por parte dos governantes para alcançar essas metas. É necessário um comprometimento efetivo por parte das autoridades para garantir que essas melhorias sejam realizadas e que toda a população tenha acesso a condições básicas de saneamento.
A falta de banheiros e a precária coleta de lixo na Bahia são reflexos de um problema estrutural que precisa ser enfrentado de forma urgente. É fundamental que sejam adotadas medidas eficazes para garantir o acesso universal ao saneamento básico, proporcionando condições dignas de vida para todos os moradores do estado. A saúde e o bem-estar da população dependem disso.
Fabio Del Porto para a redação do +BAHIA
1 comentário
A Bahia também ocupa o segundo lugar no ranking de ANALFABETISMO, exatamente depois do Maranhão que é o primeiro em tudo que é ruim no Brasil.
Vamos comemorar 18 anos de (des) governo da metralhada na Bahia.