A união entre a pré-candidata Marta Santos e a empresária Bel Checom tem o potencial de unir ainda mais a base da direita em Eunápolis, bem como sacudir o eleitorado como um todo. Essa aliança pode tirar votos importantes da atual prefeita Cordélia, principalmente daqueles eleitores que não simpatizam nem com o grupo político dos “Carletos” e nem com o grupo de Robério Oliveira, ambos ex-prefeitos da cidade.
O partido do ex-presidente Bolsonaro, o PL local, liderado por Jota Batista, está ao lado de Neto Guerrieri, pré-candidato do Avante, partido este aliado do governador Jerônimo, do PT baiano. Para os que buscam uma alternativa de direita “puro-sangue”, o partido Novo surge como única opção.

Com a chegada de Bel Checom como vice da professora Marta, a disputa eleitoral de Eunápolis assume uma configuração inédita. A “casa da direita” (reduto de políticos conservadores da cidade) trabalhou bem, mas sentiu o baque da derrota nas eleições presidenciais, uma vez que Bolsonaro obteve 46,49%, ou seja, 28.290 votos válidos em Eunápolis. Aparentemente, esses votos se desgastaram. O PL não aproveitou, indicando, pelo visto, outros caminhos e Pedro Vailant, não teve competência para aproveitar; ou seja, os que viviam de discurso de direita, não conseguiu aproveitar essa base e as “Damas do Novo” saem do discurso e foram para a pratica.
Nesse cenário, o partido Novo surge como uma alternativa que “vem comendo pelas beiradas”, conquistando espaço no eleitorado de direita que não se identifica com as opções tradicionais. Grandes nomes, como Neto Guerrieri e Robério Oliveira, lutam para se sustentar politicamente, apesar de ainda terem força política, ainda recorrem a alianças e enfrentam possíveis impugnações e que mesmo que se livrem delas, isso desgasta; o eleitor de hoje não é o mesmo de 4 anos atrás.
Já a atual prefeita Cordélia, por sua vez, enfrenta críticas e um desgaste político significativo, acompanhado de uma grande rejeição por parte do eleitorado e perdeu grandes aliados políticos. Se as “Damas do Novo” souberem jogar podem surpreender.
Como diria Sílvio Luiz: “Olho no lance!”
Por Fabio Del Porto