O policial militar reformado Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos que resultaram na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF), conforme informações divulgadas pelo jornal O Globo.
O acordo de delação premiada é uma estratégia legal em que o acusado fornece informações e colabora com as autoridades em troca de benefícios judiciais, como a redução da pena. Nesse caso, Lessa teria concordado em fornecer informações cruciais sobre o assassinato de Marielle e Gomes, o que pode ajudar na elucidação do caso.
Lessa, que já era conhecido pelas autoridades por seu envolvimento com atividades criminosas, foi preso em março de 2019, poucos dias depois de completar um ano do assassinato de Marielle e Anderson. Desde então, ele permaneceu na prisão, negando qualquer envolvimento com o crime.
A delação premiada de Lessa representa um grande avanço na investigação do caso, que gerou uma comoção nacional e internacional devido à relevância política e social de Marielle Franco. A vereadora era conhecida por sua atuação em defesa dos direitos humanos, das mulheres, da população negra e das favelas do Rio de Janeiro.
Apesar do acordo de delação, as autoridades não divulgaram detalhes sobre o conteúdo das informações fornecidas por Lessa. A expectativa é que suas revelações contribuam para a identificação e responsabilização de outros envolvidos no assassinato, além de esclarecer possíveis motivações por trás do crime.
A conclusão das investigações e a condenação dos responsáveis pela morte de Marielle Franco e Anderson Gomes são aguardadas ansiosamente por familiares, amigos, apoiadores e pela sociedade em geral, que clamam por justiça. A colaboração de Ronnie Lessa através da delação premiada é um passo importante nesse sentido, podendo trazer respostas definitivas sobre esse crime que chocou o país.