O laudo da Polícia Técnico-Científica confirmou que a substância usada para matar mãe e filho em Goiânia foi colocada nos bolos de pote comprados por Amanda Partata, ex-nora da vítima e principal suspeita de cometer o crime.
O veneno foi encontrado tanto nos doces quanto no material genético de Luzia Tereza Alves e Leonardo Pereira Alves, que vomitaram e tiveram dores abdominais e diarreia três horas depois do consumo da sobremesa.
Por uma questão de segurança, o nome da substância usada não será divulgado. Porém, os peritos afirmaram que se trata de um óxido inorgânico utilizado, principalmente, por indústrias.
A primeira possibilidade analisada pela perícia foi de que o veneno tivesse sido colocado em um suco, que também foi comprado por Amanda. Isso porque seria mais fácil diluir qualquer substância em um líquido.
Mas essa hipótese foi descartada e, na noite desta terça-feira (26), os peritos chegaram à conclusão de que o veneno foi colocado nos bolos de pote — que foram violados sem o rompimento do lacre.
A Polícia Técnico-Científica ainda não sabe a forma como a substância foi incorporada ao bolo, mas afirma que o produto não tem cheiro nem sabor.
Caso
Mãe e filho passaram mal e morreram após comerem um bolo de pote de uma loja de doces, em Goiânia, no último dia 17. Luzia Tereza Alves, de 86 anos, e Leonardo Pereira Alves, de 58, vomitaram e tiveram dores abdominais e diarreia três horas depois do consumo da sobremesa.
De acordo com o relato de familiares, os dois comeram a iguaria por volta das 10h e começaram a passar mal às 13h.
Amanda Partata, ex-nora de Leonardo, é a principal suspeita do crime e foi presa na noite do último dia 20. Segundo a Polícia Civil, a advogada não aceitava o fim do relacionamento e chegou a mentir que estava grávida, por isso mantinha contato com a família do ex-namorado.
A suspeita, que estava hospedada em um hotel em Goiânia, foi a uma padaria comprar os alimentos que levou para o café. Ela então voltou para o hotel e depois foi à casa da família do ex, por volta das 10h do domingo, onde ficou até as 13h.
A polícia ainda afirmou que a suspeita ameaçava diariamente o ex-namorado e a família dele desde julho. Em uma das mensagens, a mulher teria dito: “Depois não adianta chorar em cima do sangue dele”.
Com informações do R7