O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega deve divulgar uma carta encerrando as especulações em torno da sua possível indicação para a presidência da Vale, conforme informações de fontes ligadas ao Palácio do Planalto.
Nos últimos dias, houve uma movimentação nos bastidores liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para colocar Mantega no comando da empresa.
Fontes consultadas indicaram que, ao menos, parte dos ministros do governo perceberam a controvérsia desse movimento e evitaram se posicionar sobre o assunto com o presidente, dado que se trata de uma escolha pessoal do petista.
Nesta sexta-feira (26), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que não discutiu com Lula sobre a sucessão na mineradora. Segundo ele, o chefe do Executivo não interferiria em empresas de capital aberto.
A operação conduzida pelo governo para tentar colocar Mantega na presidência da companhia é considerada de alto risco pelo conselho de acionistas. A possibilidade de o ex-ministro ser eleito pela maioria era vista como improvável, uma vez que o governo não possui a mesma influência que já teve na mineradora.
Mantega é um aliado de longa data do presidente, tendo sido ministro do Planejamento no primeiro mandato de Lula, de 2003 a 2004. Posteriormente, assumiu a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) até 2006, quando foi nomeado ministro da Fazenda.
Ele deteve o cargo de ministro da Fazenda por mais tempo, permanecendo até o final do primeiro mandato de Dilma Rousseff, em 2014. Apesar de ter participado de mais de uma gestão petista, seu nome é frequentemente associado à crise econômica durante o governo da ex-presidente.
Fonte: O SUL