As pichações de prédios, vias e equipamentos públicos tem custado, em média, R$ 45 mil por mês aos cofres públicos de Salvador. A mais recente polêmica é a pichação feita por vendedores ambulantes nas calçadas da Barra e do Campo Grande para guardar lugar no Carnaval. Equipes do Município estão tendo que pintar novamente os locais para deixar tudo pronto para a folia. Pichação é crime e os trabalhadores que forem flagrados podem perder a licença.
São 3,4 mil vededores ambulantes com isopor autorizados a trabalhar no Carnaval, e a festa terá 4,2 mil trabalhadores ao todo. O titular da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), Alexandre Tinoco, responsável pelo ordenamento da folia, explicou que as posições foram previamente definidas e que o Município está disposto a rever posições, mas frisou que não será permitido o acúmulo de ambulantes no mesmo local para preservar as rotas de fuga.
“Pichação é crime, passível de condução a delegacia e tem pena de 3 meses até 1 ano de prisão, e multa. Além disso, não é uma garantia de que ele vai ficar naquele lugar [marcado no chão]. Nossas equipes é que vão direcionar os ambulantes para os pontos. Sabemos que entre eles já existe um entendimento de onde cada um vai ficar e a gente acata isso, desde que não traga desordem”, explicou.
Há pichações da Barra até Ondina, e também no circuito do Campo Grande. A Prefeitura dividiu os trajetos em duas áreas e cada trabalhador escolheu em qual dos locais prefere ficar. Na Barra, o primeiro trecho vai do Largo do Farol até o Cristo, e o segundo, do Cristo até Ondina. No Campo Grande, o primeiro trecho vai do Largo do Campo Grande até a Piedade, e o segundo, da Piedade até a Praça Castro Alves. O secretário frisou que essa divisão terá que ser respeitada.
As pichações foram identificadas pelas fiscalização e a Secretaria Municipal de Manutenção (Seman) foi acionada para retirar as marcações. “Esse vandalismo com o patrimônio público pode configurar crime, ele [ambulante] pode ser conduzido para uma delegacia e responder processo. Além disso, ele poderá ter a licença cassada e ficar impedido de participar de outros processos de licenciamento”, explicou.
Cuidado
O titular da Seman, Lázaro Jezler, explicou que os circuitos do Carnaval já passaram por um pentefino de manutenção. Calçamentos soltos foram recolocados, árvores foram podadas, bueiros foram limpos para desosbtruir o canal de drenagem e balaustradas e ciclovias foram pintadas. O secretário fez um apelo para que as pessoas preservem os espaços públicos.
“Pedimos que os cidadãos evitem a pichação. A Secretaria de Manutenção gasta um recurso importante para recuperar pichações, em média, R$ 45 mil por mês. O chão estava pichado, porque o ambulante queria garantir o espaço, mas não precisa disso. Entendemos a necessidade do jovem se expressar e dos ambulantes, mas esse não é o melhor caminho, porque deixa nossa cidade feia”, afirmou Lázaro.
Ele frisou que se a Prefeitura não precisasse usar o recurso para pintar novamente os espaços, o dinheiro poderia ser usado em outros serviços ou obras de melhoria na cidade.
Fonte:Correio