A população de Eunápolis está sofrendo as consequências de uma gestão marcada pela irresponsabilidade e pelo “suposto” desvio de recursos. A falta de investimento em áreas essenciais como saúde e educação tem gerado um profundo impacto na qualidade de vida dos cidadãos. A nova administração terá de trabalhar incansavelmente para recuperar a confiança da população e oferecer os serviços básicos que todo cidadão tem direito.
A crise na cidade de Eunápolis é resultado de descaso e má gestão. A falta de investimentos em recursos humanos e materiais, suspeitas de corrupção e desvio de verbas destinadas à saúde, infrator-estrutura, educação são exemplos de fatores que contribuíram para a atual situação. A gestão anterior priorizou obras pouco relevantes, ou que realmente “não estavam com foco na resolução” e dando publicidade a projetos de pequeno impacto social em detrimento da resolução de problemas. A consequência dessa política é a precarização dos serviços e a desumanização do atendimento a população.
Com profunda preocupação, tomamos conhecimento do relato do leitor do MAIS BAHIA, que ao passar pela triagem do Hospital Regional, constatou a ausência de um simples, porém essencial, estetoscópio para aferição da pressão arterial. Esse cenário alarmante é apenas a ponta do iceberg, revelado pelos vídeos chocantes publicados pelo site VIA41, que expõe o abandono e a exclusão dos equipamentos e ambientes do Hospital Regional. Salas com infiltrações, máquinas quebradas e até mesmo equipamentos abandonados, transmitem uma impressão devastadora de negligência e irresponsabilidade na gestão pública.
Ainda mais perturbador é o fato de esta situação calamitosa parecer ser um legado da ex-prefeita Cordélia Torres, cujo mandato, segundo as provas, foi marcado por um verdadeiro desastre administrativo. No entanto, a atual administração liderada pelo prefeito Robério Oliveira parece estar empenhada em reverter esse quadro desolador. As recentes imagens divulgadas pela prefeitura, mostrando a visita do prefeito e sua equipe à Policlínica Municipal Dr. Cid Gama, anteriormente desativada, acenderam uma esperança de que ações efetivas sejam tomadas para recuperar e fortalecer a infraestrutura e os serviços de saúde do município. É fundamental que essa determinação se traduza em resultados concretos, pois a saúde da população não pode ser cumprida, e a confiança pública deve ser restabelecida.
Ruas esburacadas, bolsões de lixo pela cidade, descaso na gestão, blindagem da gestora, falta de medicamentos nas unidades de saúde, má gestão na educação. Eventos realizados sem planejamento e por pura vaidade, sem levar em consideração a questão cultural e comercial dos tais eventos, digamos assim, para não adentramos neste assunto, pois esse sim, é motivo de um novo artigo. Salários atrasados por suposta incompetência e perseguição política dentro do próprio grupo que comandava a prefeitura e seus apadrinhados.

Análise das Responsabilidades dos Envolvidos na Crise de Eunápolis
A crise em Eunápolis é resultado de um conjunto de fatores e a responsabilidade por essa situação complexa se divide entre diversos atores. É fundamental analisar o papel de cada um para compreender a profundidade do problema e propor soluções eficazes.
Gestão Cordélia Torres
Priorização de obras insignificantes em detrimento da manutenção dos serviços essenciais: A gestão anterior poderia ter direcionado recursos para projetos de grande visibilidade, como obras de infraestrutura, mas o que se vê é falta de manutenção em muitas áreas e piora dos serviços básicos, como saúde e educação.
Recursos públicos: A suspeita de desvio de recursos destinados à saúde e educação para outros fins não pode ser descartada. É fundamental investigar a aplicação dos recursos públicos durante a gestão anterior.
Falta de planejamento e gestão: A ausência de um planejamento estratégico para a área da saúde e educação entre outras áreas, pode ter contribuído para a deterioração dos serviços.
Amadorismo: Falhas técnicas e a suspeita de ocorrência de casos de corrupção podem ter comprometido a qualidade dos serviços públicos e a eficiência da gestão.

Câmara de Vereadores
Falta de fiscalização: A Câmara de Vereadores, como órgão de controle do Executivo, tem a responsabilidade de fiscalizar a aplicação dos recursos públicos e denunciar irregularidades. A inação do Legislativo pode ter contribuído para a perpetuação dos problemas.
Conivência com a gestão anterior: A possibilidade de conivência entre boa parte do integrantes da Câmara de Vereadores e a gestão anterior não pode ser descartada. É fundamental investigar se houve omissão ou favorecimento por parte dos vereadores. As suspeitas dizem que sim.
Ministério Público e Poder Judiciário
Lentidão na apuração de denúncias: A demora na apuração de denúncias de supostas irregularidades pode ter permitido que os problemas se agravassem. Mesmo diante de denúncias, as ações do Ministério Público e do Poder Judiciário podem não ter sido suficientes para coibir as práticas ilegais e punir os responsáveis.

Imprensa
Divulgação de informações enviesadas: A imprensa pode ter contribuído para a construção de uma imagem positiva da gestão anterior, omitindo informações relevantes sobre os problemas da cidade. Acrescenta-se aqui uma comunicação personalista e fora do que presa a publicidade institucional que uma gestão deste mote necessita.
Falta de investigação: A ausência de uma investigação aprofundada por parte da imprensa pode ter dificultado a denúncia dos problemas e a mobilização da sociedade.
A herança deixada pela gestão anterior é um desafio e uma oportunidade para Eunápolis. A cidade possui um grande potencial e pode se tornar um exemplo de superação e desenvolvimento. No entanto, para que isso ocorra, é necessário que todos se unam em busca de um futuro melhor. A população deve cobrar dos seus representantes políticos mais transparência, participação e compromisso com o bem comum. A nova gestão precisa agir com celeridade e eficiência para solucionar os problemas e garantir o bem-estar da população.
A crise em Eunápolis é um chamado à ação que exige a superação das divergências políticas e a união de todos os cidadãos em prol da colaboração da cidade. É um desafio complexo, como um quebra-cabeça com muitas peças faltando, que requer uma liderança da nova gestão em encontrar e montar essas peças, formando um quadro de esperança e progresso. Cabe à população ser a cola que une essas peças, participando ativamente da construção de um futuro melhor. Uma jornada longa e desafiadora, mas com união, transparência, eficiência e determinação de todos os envolvidos, é possível transformar Eunápolis em uma cidade onde todos tenham a oportunidade de viver com dignidade e bem-estar. A solução para Eunápolis é uma responsabilidade compartilhada, que exige a mobilização e o engajamento da comunidade, em conjunto com uma gestão pública ágil e comprometida com o bem comum. Juntos, podemos superar os obstáculos e construir uma Eunápolis mais próspera e justa para todos os seus cidadãos. Para quem plantou espinhos, os espinhos; para quem vem cultivar flores, as flores.
Que venha bons plantios.
Por Fabio Del Porto.