O corpo de um recém-nascido foi encontrado no lixo, na ultima sexta-feira (19), em Santo Amaro, cidade localizada no recôncavo baiano. A criança nasceu prematura e evoluiu a óbito pouco depois do parto.
Após a repercussão do caso nas redes sociais, a Prefeitura Municipal divulgou uma nota, neste domingo (21), alegando “descarte acidental.
O governo detalhou, ainda, que o bebê nasceu na quinta-feira (18). Segundo documento, a mãe deu entrada na Casa de Parto do Hospital Municipal Nossa Senhora da Natividade com 29 semanas de gestação e em estágio avançado de trabalho de parto.
A nota diz que a equipe médica que atua na emergência deu todo o suporte necessário à mulher e que a criança nasceu de parto normal, com 1.260 gramas, porém com graves dificuldades respiratórias, em função da precocidade do parto.
Cinco horas depois, ressaltou a Prefeitura de Santo Amaro, o recém-nascido veio a falecer, exatamente às 15h40, após uma longa tentativa de estabilização e ressuscitação.
Além disso, o governo disse que, uma vez constatado o falecimento, a equipe multidisciplinar da unidade de saúde ofereceu, dentro dos trâmites legais e formais, todo apoio à família e, principalmente, à mãe do bebê.
O serviço de funeral foi acionado logo após o fim da intercorrência e a família foi informada de que o corpo do bebê seria liberado no primeiro horário do dia seguinte, o que não veio a ocorrer.
A Administração Municipal justificou que houve um equívoco, que resultou no descarte acidental do corpo da criança. Relatos publicados nas redes sociais deram conta de que o bebê estava no lixo.
A Prefeitura, entretanto, não confirmou onde o mesmo foi achado, enfatizando, apenas, que uma força-tarefa foi montada para localizar e recuperar o corpo da criança. Não foi detalhado quem teria sido o responsável pelo erro.
Além disso, a gestão salientou que está empenhada em esclarecer o caso e em prestar o apoio necessário aos familiares. Também destacou que providências legais foram adotadas. Dentre estas, o afastamento temporário do quadro de profissionais envolvidos e instauração de uma sindicância, a fim de apurar as devidas responsabilidades.
Por fim, o governo local enfatizou que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio do hospital e de seu corpo técnico e administrativo, contou com o apoio de uma ambulância avançada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Grupamento Aéreo da Polícia Militar da Bahia (Graer), para assegurar a remoção da mãe e do bebê, em tempo ágil e oportuno, para uma maternidade de alto risco, mas que o recém-nascido não resistiu.