A taxa de desemprego no Brasil emendou a nona queda consecutiva e chegou a 7,4% no trimestre entre outubro e dezembro de 2023. É o menor nível desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015, quando registrou 6,9%. Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta quarta-feira (31) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A pesquisa mostra que, apesar do recuo, 8,1 milhões de brasileiros não ocupam uma vaga de trabalho. Foi o menor contingente desde o trimestre móvel encerrado em março de 2015.
Além disso, o número de pessoas ocupadas bateu recorde da série histórica, iniciada em 2012, e chegou a 101 milhões de brasileiros. O indicador cresceu 1,1% no trimestre (mais 1,1 milhão de pessoas) e 1,6% (mais 1,6 milhão de pessoas) no ano.
O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado chegou a 37,9 milhões, o recorde da série histórica, com alta de 3% (mais 1,1 milhão) no ano. Esse número inclui os trabalhadores domésticos.
Parte considerável dos trabalhadores informais, os empregados sem carteira assinada no setor privado somaram 13,5 milhões no trimestre e ficou estável no trimestre e no ano, bem como o número de trabalhadores por conta própria (25,6 milhões), o de empregadores (4,2 milhões) e o de empregados no setor público (12,2 milhões).
A taxa de informalidade foi de 39,1% (39,5 milhões) e superou o mesmo trimestre de 2022.
Vale lembrar que, do final de 2015 até o começo de 2017, o Brasil passou pela sua mais profunda crise econômica. Na época, o PIB (Produto Interno Bruto, que mede o tamanho de uma economia) trimestral teve tombo de até 4,5%. Para efeito de comparação, a queda na pandemia foi de 3,3%, no final de 2020.
Desistência de procurar emprego
A população desalentada registrou 3,5 milhões, ficando estável em comparação com o trimestre anterior. Porém, considerando o ano inteiro de 2023, houve uma diminuição de 542 mil pessoas.
Essa categoria é classificada como todos aqueles com mais de 14 anos que estavam fora do mercado de trabalho e não haviam realizado busca efetiva por uma colocação.
Salário médio do brasileiro
Os brasileiros empregados recebem, em média, R$ 3.032 — sem variação significativa na comparação com o trimestre anterior. Apenas os funcionários da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais tiveram um reajuste médio de R$ 84.
Na comparação com os últimos três meses de 2022, os colaboradores da indústria tiveram alta de 5,7% no salário (mais R$ 160), enquanto os funcionários do comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas receberam, em média R$ 136. Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.
A massa de rendimento real habitual totalizou R$ 301,6 bilhões em dezembro de 2023, um novo recorde para a série histórica iniciada em 2012.
Fonte: R7 Economia