A Polícia Federal cumpriu três mandados em Belmonte, nesta quinta-feira (4), no âmbito da Operação Second Place, que visa combater crimes financeiros em vários estados do Brasil. No município da costa do Descobrimento, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e dois mandados da busca e apreensão.
Os delitos investigados são associação criminosa, crimes contra o sistema financeiro nacional, estelionato, fraude com utilização de ativos virtuais, valores mobiliários ou ativos financeiros e evasão de divisas. As penas para esses crimes, se somadas, podem chegar a 21 anos de reclusão.
MARCA DE CARROS ITALIANOS – As investigações tiveram início a partir da Operação Technikós, deflagrada em setembro de 2022. De acordo com as investigações, a associação criminosa é formada por um cidadão mexicano, residente no Brasil, que se intitulava representante de uma marca de automóveis italianos.
Além de comercializar produtos da marca, o suspeito também participou do projeto de criação de uma criptomoeda relacionada a essa mesma empresa e se associou a criminosos de outros estados envolvidos em pirâmides financeiras e movimentações de capital sem a autorização do Banco Central (Bacen) ou da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O investigado já foi condenado nos Estados Unidos, em 2020, a pagar a quantia de seis milhões de dólares por falsificação de contrato e assinatura falsa.
BLOQUEIO DE BENS – A operação deflagrada nesta quinta-feira abrangeu, além de Belmonte, as cidades de Rio do Sul (SC), Itapetininga (SP), Campinas (SP), Cabo de Santo Agostinho (PE) e Paulista (PE). Além dos mandados, a PF ainda solicitou o bloqueio de bens de nove pessoas físicas e seis de pessoas jurídicas.