A Bahia registrou a terceira morte por dengue, segundo informações da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), nesta segunda-feira (19). Todas as mortes aconteceram nas cidades de Piripá e Jacaraci – os dois municípios do sudoeste baiano têm maior coeficiente de incidência de dengue no estado. A Bahia tem 23 cidades em estado de epidemia
Os três mortos tinhas 5 anos, 18 anos e 87 anos. Não há mais detalhes sobre as mortes.
De 1º de janeiro a 10 de fevereiro de 2024, a Bahia registrou 7.355 casos de dengue, crescimento de 4,8% no comparativo com o mesmo período do ano passado. Os 23 municípios em estado de epidemia são: Anagé, Belo Campo, Bonito, Botuporã, Brejões, Condeúba, Encruzilhada, Feira da Mata, Ibiassucê, Ibicoara, Ibitiara, Igaporã, Ipiaú, Iramaia, Irecê, Jacaraci, Matina, Morro do Chapéu, Mortugaba, Novo Horizonte, Piripá, Rodelas e Vitória da Conquista. Outras 20 localidades são consideradas áreas de alerta.
A epidemia para dengue é definida quando o município tem número de casos acima de 100 casos por 100 mil habitantes sustentado nas últimas 4 semanas epidemiológicas. Na Bahia, em comparação ao mesmo período do ano passado, foram notificados 4.614 casos prováveis, o que configura uma redução de 11,8%.
Já conhecidos por boa parte da população, os sintomas da dengue são: febre alta, dores no corpo, atrás dos olhos, nas juntas e na cabeça, além da possibilidade de vermelhidão no corpo. Os sinais são similares aos da Zika e da Chikungunya, que são transmitidas pela picada do mosquito Aedes aegypti, assim como a dengue.
De acordo com a infectologista Clarissa Cerqueira, o diagnóstico é resultado de um teste rápido para dengue, com exame de sangue. “O teste não é muito sensível, portanto, em alguns momentos, os resultados podem ser negativos”, explicou, salientando a necessidade de procurar assistência médica assim que a suspeita de dengue aparecer.
Para evitar a picada do mosquito, o Ministério da Saúde recomenda a utilização de mosquiteiros sobre a cama, de telas nas janelas e repelentes em áreas de reconhecida transmissão; remoção de utensílios que possam acumular água e, consequentemente ovos do mosquito; vedar caixas d’água e reservatórios; desobstruir telhas, calhas e ralos; participar da fiscalização de Sistema Único de Saúde (SUS).
Salvador
A capital baiana registrou 158 casos confirmados de dengue entre 31 de dezembro e 10 de fevereiro. Esse número representa uma queda de 65% de casos em comparação ao mesmo período do ano passado, quando o município registrou 453 notificações.
Na manhã desta quinta-feira (15), o primeiro lote da vacina contra dengue foi entregue à Secretaria de Saúde (SMS), com 56.493 doses. Inicialmente, esse lote contempla pré-adolescentes entre 10 a 11 anos, com a ampliação do público de forma gradativa. Salvador possui 87.307 pré-adolescentes que se encaixam nessa faixa etária.
O Ministério da Saúde publicou, no último dia 8, que o público-alvo inicial da vacinação seria o grupo de pré-adolescentes de 10 a 14 anos. No entanto, a Bahia iniciará a imunização para o grupo de 10 e 11, em razão da quantidade de doses enviadas pelo Governo Federal.
Fonte: Correio